segunda-feira, 15 de junho de 2009

Crônicas do Bode

Em dado dia distante daqui, num sábado, lá pelas 12 e picos, na saída do colégio dos padres. Meio do dia melancólico, meio frio por fora e por dentro eu a moto e nada mais, sem destino... Um vibrar, por dentro de mim??? Era só o celular, coisas pequenas que nos aproximam de quem amamos e sentimos falta... e nem era você, tudo bem, convivo bem com a solidão.
Luva, bolso e teclado não funciona perdi a ligação, o número – não identificado – não ia ligar mesmo... Cavalguei a moto e fui, como se houvesse para onde ir e num desses infernais semáforos que só servem para bloquear nossos devaneios de velocidade e sonhos, outra ligação... fui rápido. Número desconhecido, voz de homem velho, compassada, poderia sentir seu cheiro de mofo dali.
- Senhor Edson Roberto? Ninguém me chama assim!
- Gostaria de marcar um encontro com o senhor! Sou León, Antonio León. Gostaria que nos apresentasse uma palestra informal para poucas pessoas onde pudéssemos discutir e debater sobre ovnis. É possível?
Enquanto ele falava meu cérebro, fazia milhares de ligações. Quem era esse cara? Quem foi o contato entre nós? Por que eu? Me sentia observado, na defensiva, não gostava disso... Será uma sacanagem comigo?
Paguei para ver, passei ao jogo.
- Quem é o senhor? Eu o conheço? Já nos vimos? É de Paz? Justo? Eu sou O Bode e você??? Fui introduzindo simbologias, palavras e códices conhecidos, avancei em passant, com bispo e cavalo.
Do outro lado ele riu! Fiquei com raiva e na expectativa do seu desenho psicológico místico.
- Senhor! Não se preocupe somos de paz e muita curiosidade. Somos um grupo de estudiosos tecnocientíficos que queremos aprender pode nos ajudar?
Refleti e sobre a situação e disse:
- Sim toda ajuda será dada, não importa a quem, contanto que a cause seja nobre! É de nobreza ou de metal? Quando? Onde?
Assim foi que conheci Leon, senhor de seus 70 anos cabelos grisalhos, alto, magro, branco antigo, barba rala marron, tinha um leve sotaque espanhol, usava óculos não nos olhos, pendurado – deve ser de leitura.
- Hoje, ás 18h na frente da praça central, te pego lá ok?
- Sim, ás 18h passe o endereço e irei.
- Eu vou pegá-lo, marque o local e a direção, ok?
- Ok, 18h03min no Parque Sóter, calça jeans, tênis, casaco preto, cachecol e luvas, estarei lá.
Assim foi..., experiência interessantíssima, com outras pessoas, em outra realidade!
Segue ... depois to sono...

Um comentário:

Lais Camargo disse...

deveras interessante...
''não vou buscar a esperança na linha do horizonte, nem saciar a sede do futuro. Da fonte do passado, nada espero e tudo quero...Sou quem toca, sou quem dança. quem na orquestra desafina...Quem delira sem ter febre...sou o par e o parceiro, das verdades....A desconfiança!"
sopros...